segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Quando o nada aparece desmentido razões implícitas, abrimos o olho enlameado por prazeres efemeros, por contradições produzidas por um único ser...um infinito ser que presente se faz na simplicidade da fluência natural absoluta.
O clamar da pureza de seguir na trilha universal permite que, energicamente, a perseverança faça por merecer as boas e diretas missões de aprendizado. A renovação de ciclos e a determinação de aceitar o novo, traz uma clareza incomparável, uma fé e a consciência de existir apenas aquilo que interessa ao divino, ao criativo elemental. O ser.
por mais que os caminhos se cruzem no abismo das decepções, são necessárias as passagens por vales escuros tanto quanto por veredas luminosas...
As mais belas flores residem nas florestas mais distantes. Ninguém as vê, porém continuam belas felizes e receptivas ao seu destino....

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

"Quando o silêncio não constrange."

...Essa coisa toda minha..... coisa que tenho mais coisadinha entre todas as outras coisas... coisinhas...

....Isso que me fala, isso que me cala!

....Esse monstro que acalma e afaga a pele fina desse doce e amargo amor

....Isso que eu quero e espero da coisa de mim

...Eu coisando por todos os cantos, encantos desses braços calados, fortes...

...Isso que é calma e desespero ofegante...

...Dessa coisa quero mais, tanto mais...

...É o maior entre as coisas de sentidos, de dizeres...

....É mais de um.....

...É só dois...

...É assim...

...Calado de mim...

....EU!

...Esse nada que tudo é....

...Esse silêncio que diz universo

....Essas letras que nada dizem!

E o mundo que as tem...

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Tempo

Tempos que espero..
Tempos onde sou..
Tempos temperantes...
Tempos em noites...
Tempos de delírios
Tempos em que vivemos
Tempos, pelos tempos
Tempos enfim...
Tempos de pecado!!
Tempos solitários...
Tempos de puro desejo e ordem
Tempos que somos,
Tempos em outrora....

Tempo....
que tempo....
horas ...
que horas...

malditas palavras de tempo que seguem,
seguem, seguem...
não voltam no tempo
garrafais do tempo....

esse tempo que não passa e já é passado
nesse tempo...outro tempo, outras horas...

Tempos de esperanças
Tempos de nós dois
Tempos de junção
Saudosos tempos....
Tempos de gastura
Tempos de Bem..

Há tempos,
Haja tempo....

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Sagitário

Sobre os males das flechas
Atiradas em meio ao vão de inquietudes
O tempo já não permite espaços....
Sem limites...

Decifra-te
Por arranhaduras da pele fina
Morte e vida, Severina!
Bando bravo por açoites
Sussurros movidos por quedas livres

Cavalgar entre as patas...
Os pelos....
O RÁBO!
O peito,
Os braços...
Fincar a ponta da lança

Ser único e não mais um
Criar relevância entre muitos
Mostrar-se para poucos
A verdade que te esconde
E por vezes se consome por um pouco de luz...
Luz escura e consciente do brilho que oculta para ser apenas ele
Só ele....

Ahh Sagitário!

Violência

Eram dois ou mais
Seis talvez
Na mão, uma brasa
Noutras, caídas sortes...


Enquanto se diziam frutos
Eram três os que mais queriam
ser as sementes do outro amanha
Filhos que brotam de uma vida insana...
Pálida.

Entranhas

As terras minhas já não encolhem como o mar,
Vasto,porém finito ao longo da sua constância
As rugas do barro, melado do suor mais áspero
Plantado no nascer de qualquer vez
No instinto da transpiração...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Açúcacress

Insinuantes versos
avesso do inverso contido no outro
através de sílabas cínicas
Obras do teu culto, oculto entre tantas versões
Situações desconcertantes na medida em que se encontra
pelos em pele entre gestos e sentidos
Olhares vazios, momentos sombrios
inacabados instantes em constantes transformações...
Desejos inertes, sempre desejos...
Desejos que consomem minha mente certa
da única certeza de não poder compor momentos eternos de estrelas mortas no amanhã.
Amanhã que não existe, apenas persiste em ser presente sem laço ou embrulho
Presente divino disfarçado de miséria
que ri no encontro que te afunda
no sorriso sem esforço de existência
que fala aos quatro cantos, evapora sua alegria e gargalha sua agonia.
Embora deva ir às barbas grisálhas, prestes estou a ser ninguém.
O nada!
Tudo que se vê não é tudo que se tem!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Visão Interior

Dias atrás me questionei sobre as consequências de uma atitude sincera. Atitudes sinceras fazem parte da única forma, por sua vez vasta, de acreditar em reciprocidade verdadeira... Às vezes a última chance de obter, um longo e profundo pensamento, é quando, a intenção do nosso desejo, e pureza da nossa crença, nos obriga a acreditar em futuros próximos e coloridos... Talvez seja isso um pequeno modo de agir, quando se encontra algo entorpecente e hipnotizante, como um olhar que não se esquece e um veneno que não tem a pretensão de acabar.
Em belos quintais se colhe vida... Em belos horizontes, se colhe consciência..em belos sentidos se colhe carinho.. e em belos momentos se colhe saudade..
Temos uma vida inteira pela frente, e poderíamos achar que tudo não passa de figuras breves e ágeis. Mas prefiro acreditar que não passa de um sonho profundo, secular... Infinito, às vezes. Dependíamos de uma chance, e ela nos ofereceu uma oportunidade constante dos encontros, perfeitamente utilizados pelas nossas vontades.
Há tempos não consigo enxergar uma idéia, que me possa ser útil, pra expressar tamanha satisfação em direcionar a alguém qualquer tipo de pensamento... Seria, até mesmo, uma ofensa a sua pessoa não poder consumar essa homenagem...
Tudo que gostaria de fazer e dizer, é apenas uma coragem, ainda adormecida, que tenho de me presentear com momentos, mais do que interessantes, ao seu lado... Com a pureza que sorri e a firmeza que olha para as minhas vontades, acaba trazendo uma imensa paz a todos que estão ao seu lado e uma tranquilidade para minhas ansiedades.
E agora, a resposta, sobre as consequências da atitude sincera, comentado no inicio, fica na intenção da reciprocidade verdadeira... Mas cuidado com o breve gênero de ilusão... Às vezes, quase sempre, nos enganamos com certos pensamentos. E até mesmo mentimos pra nos fazer entender que não passou de uma fantasia...

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Vazio o meu penar
de tantas guerras te guardei
Tantos ventos te busquei
Na poeira das virgens ressabiei
Vastos os caminhos justos
Sem maneiras de motivos
Soou eu dentro de mim...

Vestes de calos, ingratos por não serem teus
por não construírem os seus
Abandonaste tua carne

Emergiu da leveza um forte braço de costumes
Gratos por apenas conhecer o simples valor do amor!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Harmonia

Compor como nuas as breves notas.
Sussurram, os teus poros
A procura do, incomparável, cheiro de tons teus
Segue breves de semis alguns..
Festejar tua chegada
Canção clara!

Ciclos e Vida

Hoje acordo e percebo que tudo está diferente, mas da mesma forma...As paredes internas, do lado de fora do meu telhado, estão rasgadas e velhas!As pessoas que passam por aqui e olham para esse teto, ressabiado de usar velhas telhas, apenas caminham em direção contrária e não enxergam que a mudança nessa cobertura é necessária....Precisam, elas, aprender que as novas telhas e madeiras, tintas e canetas quem constrói somos nós. Está dentro de nós...o sentido da vida é viver, e para isso acontecer necessitamos estar atentos a mudança dos ciclos desejados pela virtude de ser NINGUÉM..assim construimos um novo amanhã, um novo olhar para nós mesmos....Vamos dormir hoje e despertar no seguinte momento com essa intenção, de nos resgatar de motivos mundanos e fúteis...olharemos para o próximo como um espelho nos enxerga...sintamos a mesma sensação de desespero de almas que não entenderam que a vida é lúdica e cheia de perguntas cujas respostas não estão presentes na concreta emoção.o universo nos mostra e cabe a cada um de nós entender que não é regra ter respostas, explicações...aceitemos que a força maior, que nos rege ,tenha intenção de nos dizer para acalmarmos nossos anseios e que padrões de vida, felizes e tristes, não são realmente o que nos interessa e sim a certeza de que vivemos para TODOS e não para muitos.

Âma

Eu te amo
Eu te amo, amor febril, quase sempre arrepios!
Eu te amo, lá no fundo
Num espaço, que nem por brincadeira, é vazio
Eu te amo, vida minha!
No toque visguento das nossas línguas
Sinto-me presente, divino!
Deus que me deu!

Eu te amo agora, e sempre no amanhã
Como até os nossos dias
Eu te amo! Eu te amo!
Eu te amo nas entrelinhas desconexas
Nas manhas de incertezas
No conhecer dos gestos

Eu te amo na escuridão da palavra
No vão dos sonhos
Nu, pelas almas!
Eu te amo, meu encanto!
Nas horas vagas eu te amo,
No meio de nós dois eu te amo,
No hesitar da natureza eu te amo,
Eu te amo tanto mais, quanto amo
Eu te amo!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Qual fé?

Se você acredita, tente
Tenha fé em teus atos
Rabisque um sorriso
Faça da tua força uma moldura
Não ligue para seu orgulho
Aprenda a enxergar sem as retinas
Sentir o calor da conquista e saber que não vale desistir
As vezes, as batalhas corridas como o vento,e presentes como o ar
São apenas, vertigens de conseqüências inertes, sem sentido

Correr contra os metais das dores
Sentar nos calos das flores
No lixo sem odores
A certeza de que permanecemos sem gosto
Tudo que sente...reticências
Valor sem conceito
Lagrimas não fazem porquês

um toque frio
tentar pra que?
Ter fé?

Incertos

Lembranças dos tempos que vivíamos a piscar, solfejar a vida
De tantos caminhos, tivemos um ninho
Um vinho..
Os encontros desuniram outros destinos
Falava sobre o mundo
Pecava ao dormir
Esclarecia o dia
Turvas madrugadas varadas por noções incertas
De plenitude
Digo assim, tipo de grau!

É aonde faz o dia nascer mais azul
É onde o diabo mora
É o quão, o tão, o mais forte...

Contrário

Descompassados
Mais atenciosos
Se retratam nas memórias
São normais, comuns
Crustáceos, calçadas
Caminhos de equívocos
Direções diversas
Às frestas de um só corpo
Movimentam expressões
Se tocam...

Ato

Sem noção dos meios
Não pretendemos conhecer o alheio
Início aos corpos nus...
E no eterno fim nos amaremos sem lógica
Com tudo nosso passeamos no infinito...

Consciência

Construir o humano
Encontrar planos ao abandono
Destilar terceiras às intenções desperdiçadas
Casos não estudados
Falidos orgânicos
A terra sobre o barro
Mangueados encontros de laços submetidos
A razão sem destino
O espiar por trás
Ao conforto dos sentidos
Ao caos

Horas...

Madrugada cedo
De manhã estrela
Na calada boca,
a noite permanece no mesmo lugar

Gestos desconhecidos
Criações de Eus,
deus braço forte
É no raiá do dia...

De manhã estrela
A lua luz madrugada
ruídos de TV, Ventilador
no sensor comum de vias

Madrugada cedo
Na manhã estrela no canto da boca
quão noite seria....

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Conversa no ponto...

Estávam lá, o ponto de ônibus e as pessoas esperando pelo seus devidos destinos, então chegamos -eu e uma semelhante-para compartilhar esse momento especial com essas pessoas, apesar delas não saberem para onde iríamos.
Observei que algumas delas tinham poucas bagagens e outras até nenhumas. Mas o olhar, da maioria, era de espera por aquele transporte que iria passar no mesmo horário de todos os dias.
Olhares conformados com o tempo, a certeza do relógio está certo e o descompasso para com os horizontes.
Conversamos por alguns minutos ali, naquele lugar, vazio de esperanças de cor cinza.
Falamos sobre muitos amores e passagens por todas as sensações. Digo, amores absolutos não frágeis e fúteis, como se fossem normais.
Todos pegaram suas bagagens, e aos poucos foram sumindo. Subindo, cada qual ,no seu degrau de expectativas. Imagino eu que estavam pensando no próximo ponto.
Ficamos sozinhas por alguns instantes, e isso foi suficiente para descobrirmos que não fazíamos parte daquele universo e que o nosso transporte não passaria por ali. Algumas pessoas passaram por ali de bicicleta com coisas (não sei bem o que eram) na garupa. Tinha um deles que sorria o tempo todo. Pararam suas rodas, e demoraram segundos para entender que também não faziam parte daquele momento, e seguiram....
Ao chegarem a uma distância de uns 5 metros, olharam para trás como nunca deveriam ter feito. Achei estranho aquilo, mas o olhar deles era de novidade para aquele lugar estranho....
resolvemos ir embora...
a conversa estava no ponto errado e na hora certa!
Amanhã as mesmas pessoas estarão no mesmo lugar, sem esperanças e cinza, no mesmo horário...
Mas nós com certeza não...
somos vermelhos e simples demais para o momento onde se pensa sobre complexidade e conformação....