quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Vendo meu Peixe
Vendo meu peixe é o titulo da primeira exposição do artista plástico baiano Luiz Pablo (31), que explora o mote fazendo seus rabiscos criativos se transformarem num imenso balaio de cores marcantes.
Autodidata, Luiz Pablo sempre esteve envolvido com arte, seja pintando caixinhas de papel, seja fazendo oficinas criativas em comunidades carentes.
Apaixonou-se pelos peixes em 2002 quando fez uma oficina no Museu de Arte Moderna da Bahia de criatividae em artes plásticas.
Foi lá que rabiscou os seus primeiros peixes utilizando giz de cera, aquarela, e esferográfica aplicados em papel canson.
Desde então o artista vende seu peixe e se destaca na arte moderna com traços que assinam a sua identidade.
Filho das águas, Luiz Pablo não poderia escolher tema melhor.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
quinta-feira, 26 de março de 2009
Exclamados
Que venham as forças e tragam em si as escolhas
Façam de nós o nó e o traço.
Que desenhem em cabeças nobres, pobres em arte, podres desastres.
Queimem os outros em aurora
Descaso de Deus;
Quentes, crentes nus...
Que venham almas e deixem porquês; lágrimas não fazem porquês...
Bombas cruas as suas
Ceguem Cristo, iludam vidas.
E que venham a mim!
De joelhos escuros e preces além.
Que digam às luzes, estendam as mãos pálidas... calejadas de pó, pano de mangas....
Suco de sal.
Que venham vocês. Todos vocês!
Já não temo mais respostas e já não tremo as encostas, as batalhas ...
Carnes!
Descanso. Amém!
Bebam minha saliva, adorem minha cor, corram e rastejem sob o céu.
Prometam planetas e até plutão!!!
Mexam nos sinais e frequências.
Que chova e espalhe a graça.
não deixem que passem os atordoados cristãos.
Que desça o tão esperado. O tal imaculado!
Que venham esperanças e o choro de quem nunca me viu!
Quem de fato
São os primeiros e os únicos.
Os infalíveis e os mestres.
São os porcos, a lama, o caos..
são mil, um milhão, são por tantos e poréns...
São cosmos os que dizem, universais as linguas.
São feridas embaladas e odores medicados.
São muitos e poucos os que nascem e acordam....
( quem acorda não nasce )
Estão certos, errados, enganados são, ludibriados e adotados...
São aqueles que pedem, desejam, mostram as caras pintadas de vergonha.
São monstros e heróis.
São, talvez, nós...
Primeiro vocês, depois nós.
São de plástico no chão, na rua, no rosto, no corpo, nas mãos.
São o que são e fazem lágrimas e risos, calos e armas...
São organizados e desordenados...
Exclamados são. Pontilhado o braço
Seu braço armado. São oito, infinito...
São teus sonhos, as minhas nuvens
o que seria...quanto custaria?
São caros e baratos, cheirosos e amargos.
É o jeito, é a cara, é o cabelo, o rabo e o pé.
És tu e sou eu
São dois e é só um!
Perto longe
Assim de longe vem o que me cala
A repetição, o estalo...acomodação
As misérias falsas e verdades rosas, flores, queixos, bicos...
Sem fala.
Um vento leva, um som traz,
Assim de longe...
Outros tempos! Eram vazios. Talvez, quem sabe um dia
Atrás de ti corre, dançam os que têm vez,
os que tiveram veias, músculos e dor
Dolores ouvindo rumores
Dentes... faca entre os dentes!
pernas brancas, preto no sangue, cinza no olho
pardos são.
Caixas, caixotes, caixões!
Assim de longe vem um pensamento, uma sombra
Sinos de ossos e mais um queixo sendo, tecendo, colhendo
Ventre, filho de graça....
Asa, planos, vôos...punhos!
Assim de longe vem colorido e lindo. Pleno cinto, em mim, por mim, para mim
Assim de longe....